
Brasileira Solar Ear desenvolve aparelhos auditivos movidos a energia solar, se tornando um dos empreendimentos sociais mais inovadores do mundo
Fundada em 2002 pelo canadense Howard Weinstein, A Solar Ear é um Projeto Social que desenvolve e fabrica aparelhos auditivos e baterias recarregáveis a energia solar. Mas não é só isso, os aparelhos desenvolvidos são fabricados por jovens surdos contratados e profissionalizados pela própria empresa.
De acordo com um estudo da OMS, o preço dos aparelhos auditivos é alto se tratando de uma população de baixa renda. Uma vez que deficientes auditivos geralmente necessitam de dois aparelhos auditivos, isso representa um alto investimento. Um aparelho auditivo para perdas auditivas severas e profundas consome mais baterias ainda. Em uma temporada na África, Howard percebeu que apenas doar os aparelhos não resolveria o problema, pois comprar as baterias seria uma grande dificuldade para a população mais carente.
Pensando nisso, ele teve a ideia de criar um recarregador de baterias movido a luz solar. Os primeiros modelos foram produzidos em Botsuana, mas, analisando o problema em outras partes do mundo, o canadense chegou ao Brasil. Segundo o IBGE, 5% da população brasileira sofre com algum grau de deficiência auditiva, um contingente de 9,7 milhões de pessoas, das quais 344 mil são surdas.
Em 2006, através da parceria do Instituto CEFAC juntamente com a consultoria de desenvolvimento Legar, o projeto Solar Ear foi trazido ao Brasil com sua tecnologia de aparelhos auditivos digitais recarregáveis pela luz do sol. Tal tecnologia encontra-se dentro dos padrões da OMS e inclui o carregador e as baterias recarregáveis com vida útil entre 2 e 3 anos.
Em sua pequena fábrica, localizada em Perdizes (zona oeste da capital), jovens surdos produzem todos os aparelhos vendidos aqui e exportados para 40 países, como Botsuana, Índia e China.
“Eles têm melhor coordenação da mão com os olhos, uma habilidade essencial para soldar micro-componentes. E nos mostram como melhorar o produto”, diz Weinstein.
Tudo o que a empresa lucra é reaplicado em suas missões sociais, como capacitar jovens surdos para trabalhar com microeletrônica no Brasil e na China ou combater a Aids na África. No Brasil, a empresa vende dez aparelhos, certificados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Fonte:
Prezada Merissa. Boa tarde!
É com muita satisfação que recebo este newsletter da Audioclean.
Faz tempo que não nos falamos, mas espero que estejam todos bem.
Bela matéria.
Abraços a todos.
Paulo R Marinho
quero comprar um aparelho auditivo e não sei como comprar